Rolha ou tampa de rosca: existe mesmo diferença?
A velha polêmica que divide os amantes do vinho: rolha de cortiça ou tampa de rosca? Muita gente associa a rolha a vinhos finos e a rosca a vinhos simples, mas será que isso faz sentido? Vamos desvendar os mitos e entender quando cada uma faz mais sentido.
A tradição da rolha
A rolha de cortiça é usada há séculos e continua sendo o símbolo da tradição no mundo do vinho. Ela permite uma microoxigenação lenta, o que ajuda certos vinhos a evoluírem bem com o tempo. Por isso, ela é comum em vinhos de guarda, feitos para envelhecer por muitos anos na garrafa.
Mas nem tudo são flores: a rolha natural pode ressecar com o tempo, e há o risco do chamado “gosto de rolha”, um defeito causado por contaminação (TCA) que pode estragar o vinho.
A praticidade da rosca
Já a tampa de rosca (ou screw cap) é mais moderna e muito usada em países como Austrália, Nova Zelândia e África do Sul. Ela veda completamente a entrada de oxigênio, o que preserva melhor os vinhos jovens, frescos e frutados — ideais para serem consumidos em até 3 ou 4 anos.
Além disso, ela é prática e segura: abre-se sem saca-rolhas, é perfeita para piqueniques, festas e para quem quer evitar surpresas ao abrir a garrafa.
E o sabor? Muda mesmo?
Não há diferença de sabor entre um vinho com rolha e outro com rosca — o que muda é a intenção do produtor. Se o vinho for feito para consumo rápido, a rosca é até melhor. Se for um vinho pensado para envelhecer, a rolha pode ajudar.
Mais importante do que o tipo de fechamento é a qualidade do vinho e da uva dentro da garrafa.
Na dúvida, observe o estilo do vinho
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Vinhos jovens e aromáticos? A rosca funciona perfeitamente.
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Vinhos mais estruturados, para guardar? A rolha ainda é o padrão.
O Clube Descobridor, por exemplo, já trouxe ótimos vinhos com tampa de rosca — e todos foram surpresa positiva para nossos assinantes.
Em resumo: não julgue o vinho pela tampa. Às vezes, a melhor descoberta está naquela garrafa fácil de abrir.